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quinta-feira, 9 de julho de 2009

9 DE JULHO

Sulamericano, cavalo confiscado pelo governo do ditador Getúlio Vargas.

Foi recuperado por Francisco Orlando Diniz Junqueira e devolvido ao seu dono, João Francisco.
Sulamericano tornou-se grande reprodutor da raça Mangalarga.

Cavalo de batalha

O cenário político brasileiro da época definia-se pela alternância de dirigentes paulistas e mineiros-conhecida como a política do “café com leite” na presidência da Republica. No entanto, a quebra da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929, acarretou o enfraquecimento das oligarquias paulistas, baseadas nos grandes barões do café, alternamente prejudicados com a queda dos preços do produto, então, carro-chefe das exportações brasileiras.Em 1930, Julio Prestes é eleito o novo presidente da Republica, para substitui o paulista Washington Luiz. Mas o assassinato do paraibano João Pessoa candidato a vice-presidente na chapa derrotada e encabeçada pelo gaúcho Getulio Vargas, serve como estopim para a Revolução de 1930. Chefiando um levante nacional, iniciado a 3 de outubro, Getulio Vargas depõe Washington Luiz, tem inicio a era getulista, uma ditadura que se estenderia ate 1945, com a instauração do estado Novo, em 1937.

Baseado numa política assistencialista mas ao mesmo tempo calçada na repressão e num clima de instabilidade social, com a nomeação de interventores para direção do estados, Getulio Vargas teve que enfrentar a insatisfação dos paulistas. Em 1932, São Paulo exigiu a convocação de uma assembléia nacional para que fosse elaborada uma nova Constituição que definisse as normas das atividades do estado da Federação e dos Cidadãos. Ao mesmo tempo, reinvidicando autonomia e que não houvesse intervenção no Estado, os paulistas insurgiram-se contra Vargas, instaurando o clima de guerra civil deflagrado com a Revolução Constitucionalista. Contando com o apoio das intelectuais, das famílias de tradição, dos representantes da industria e mesmo do povo, o Estado de São Paulo enfrentou a federação. Como seus contingentes fossem um numero bastante inferior, os paulistas foram obrigados a apelar para a criatividade como alternativa bélica.

Matracas manuais atemorizavam os inimigos em lugar das metralhadoras, as mulheres arrecadavam ouro da população para a confecção de fardas e novas armas, veículos blindados era provisoriamente projetados, mas mesmo assim, ainda faltavam recursos. Partindo da convocação e de voluntários, formava-se o exercito e, para a locomoção deste homem, a alternativa foram os cavalos. O Mangalarga deixava de ser apenas o animal de lazer e trabalho para também atender o chamado da guerra.

Naquela ocasião, a Forca Pública do estado –como então era denominada a Policia Militar – seguiu para a linha de batalha na região do vale do Paraíba próximo à divisa com os Estado do Rio de janeiro, sede da Capital federal. Houve, conseqüentemente, a necessidade de ser constituído um novo regimento de cavalaria, para dar suporte às tropas que operavam na Zona Sul do estado junto à divisa com Paraná, onde hoje se localizam as cidades de Itararé, Capão Bonito, Buri, Apiaí e Faxina (atual Itapeva). Conhecedor da existência de um grande criatório de cavalos da raça Mangalarga na região compreendida entre Ribeirão preto e Barretos, ao norte de São Paulo,Cide de Castro prado, a serviço do alto comando da Força Publica, ficou incumbido de arregimentar voluntários e cavalos para esse novo regimento que futuramente, seria chamado de Rio Pardo(Regimento de Cavalaria Rio Pardo). Dessa maneira, perfilaram-se o filho do fazendeiro, o medico, o engenheiro, o professor, o dentista, o farmacêutico, o bancário, o sacerdote, o lavrador e um exercito de anônimos voluntários que seguiram rumo a São Paulo junto com centenas de cavalos da raça Mangalarga.


Durante esse período de treinamento, o regimento da Cavalaria Rio pardo, já sob o comando do Capitão Alfredo Feijó, da Forca Púbica, teve a oportunidade de escoltar, pelas ruas de São Paulo, o féretro do Comandante Marcondes salgado – que faleceu em conseqüência da explosão de uma granada, na frente de batalha.

Mais informaçôes consultar o livro de Eduardo Diniz Junqueira:

O Regimento de Cavalaria Rio Pardo

fonte: FMESTIVA





Saudação nobre e elegante.
Sual-americano executando a cabrade, montador por João Francisco Junqueira seu criador e educador.

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