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quarta-feira, 6 de agosto de 2008

ORIGEM DO MANGALARGA

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COUDELARIA REAL DA CACHOEIRA DO CAMPO
OU
COUDELARIA DE BARBACENA
POR SER LOCAL DA MORADA DO VISCONDE DE BARBACENA
ONDE HAVIA ALÉM DO QUARTEL O PALÁCIO DOS GOVERNADORES.









QUARTEL DA CACHOEIRA
Durante o século XVIII a Coroa realizou uma série de investimentos para criar e desenvolver um corpo de cavalaria denominado “Dragões”, que culminou com a construção do Quartel dos Dragões e do Palácio dos Governadores Gerais, em 1779. Ao lado destes investimentos do Estado, os particulares também foram estimulados a fazerem suas próprias criações, não só para proveito do Estado, como também para usa daquela população que se multiplicava e enriquecia nas Minas Gerais.

Foi neste cenário, por volta de 1750, que se estabeleceu no Sul de Minas, na Fazenda Campo Alegre, em São Thomé das Letras, o português João Francisco Junqueira, natural de São Simão da Junqueira, próximo a Braga,PORTUGAL .
Poucos anos depois mudou-se para um lugarejo próximo denominado Favacho, onde construiu a casa e uma capela,na qual encontrou-se a seguinte inscrição: “Foi Benta em 1o. de Janeiro de 1761”.
1761, marco do estabelecimento dos Junqueira no Favacho, podemos considerar como o ponto de partida da criação Mangalarga.
João Francisco Junqueira teve diversos filhos, todos fazendeiros e criadores como o pai. É costume atribuir-se o título de primeiro criador ao filho mais novo do Patriarca, Gabriel Francisco Junqueira, Barão de Alfenas, pelo fato de ter sido através dele, quando Deputado do Império(1831), que o cavalo dos Junqueira chegou à Fazenda Mangalarga, onde adquiriu este nome.
Podemos facilmente imaginar o sucesso que tal empreendimento causou nas Minas Gerais, de onde irradiaram-se produtos para todas as regiões, beneficiando todas as melhores criações através de seus concorridos remates.
Com o estabelecimento da Coudelaria em 1820, os primeiros produtos foram desmamados em 1821; entre eles 2 potros e 2 potras do “cavalo do Junqueira”. Como esse cavalo procriou em 1821, já era reprodutor em 1820, devendo ter nascido antes de 1817. Portanto, antes de 1817, a Mangalarga já tinha ares de raça, com um representante sendo utilizado como reprodutor no principal núcleo de criação do País.
Os primeiros Junqueira partiram do Sul de Minas em 1812, vindo parar em Orlândia, no Estado de São Paulo, onde em 1816 estabeleceu-se, na Fazenda Invernada, um neto do Patriarca com o nome de Francisco Antonio Junqueira e na Fazenda Santo Ignácio em Morro Agudo estabeleceu-se seu cunhado, João José de Carvalho, ambos provenientes das Fazendas Favacho, em Cruzília, e Santo Ignácio, em Luminárias. Trouxeram consigo, além da família e famulagem, seus animais entre os quais o garanhão Sublime e a égua Fortuna, mãe de Fortuna I.
Voltando a Minas Gerais, por ocasião do nascimento de sua primeira filha, Francisco Antonio foi presenteado por um de seus cunhados com um potro alazão salpicado de nome Volteiro, que reproduziu apenas 2 anos por ser quase indomável, apesar de lindo, ótimo andar, resistente à toda prova. Teria sido este animal o antecedente do cavalo Alazão, um dos mais renomados reprodutores dos primeiros tempos e ainda responsável pela introdução da pelagem salpicada no Mangalarga.
Em 1833 casou-se José Frauzino Junqueira, irmão mais novo de Francisco Antonio, e como o costume era o noivo chegar a cavalo, Frauzino adquiriu de um tio de sua noiva, Carlos de Sá, na Mantiqueira, o cavalo Gregório, descendente dos Sublimes de Barbacena. O pagamento foi feito pela troca de vinte novilhas turinas, uma fortuna para a época.
Em 1840, com a saúde abalada, Francisco Antonio retornou a Minas, centro mais civilizado e de maiores recursos para tratamento, em companhia de seu filho primogênito João Francisco, da Fazenda Melancias.
Informado por seu primo Francisco de Andrade Junqueira – o ‘Chiquinho do Cafundó’ – filho do Barão de Alfenas, de que os cavalos dos Junqueira estavam muito valorizados devido a uma compra que lhes fizera um fazendeiro muito rico do Estado do Rio dono da
FAZENDA MANGALARGA
e este os teria recomendado a amigos, João Francisco adquiriu um reprodutor para refrescar a consangüinidade dos cavalos criados em São Paulo. Este esteio da raça foi Telegrama, conhecido dos antigos criadores por Telegrama Velho.

Em 1867, Francisco Marcolino Diniz Junqueira – o ‘Capitão Chico’, segundo filho de Francisco Antonio, tomou emprestado de seu amigo João Alves Gouveia, Barão de Lavras e proprietário da Fazenda Chamusca, em Carmo da Cachoeira, Minas Gerais, o reprodutor Joia, conhecido como Joia da Chamusca, fundador de um importante ramo da Mangalarga, que vem até nossos dias. O último grande chefe de raça dos Mangalarga primitivos foi Rosilho (ou Abismo), de Antonio Gabriel Junqueira, filho do Barão de Alfenas e proprietário da Fazenda Narciso, em Cruzília.
Os Junqueira sempre preservaram e distinguiram as linhagens de: Fortuna, Sublime, Gregório, Telegrama, Joia e Rosilho, devido ao fato deles descenderem de diferentes reprodutores ou mesmo de diversas linhagens de reprodutores que pertenciam à Coudelaria Real de Cachoeira do Campo ou Coudelaria de Barbacena, como era conhecida, por ter sido morada do Visconde de Barbacena.
Em Cachoeira do Campo coexistiram cavalos de raça Alter, Inglês, Frances, Alemão, Árabe e, provavelmente, do Cabo da Boa Esperança.



Os “Fortuna” eram reforçados, de crinas ásperas, corpo curto e forte, ventre desenvolvido; cavalos um tanto cilíndricos e de membros bem aprumados. Tinham contra si a cabeça pesada e o pescoço deselegante. Todos com andar elegante e resistência à toda prova.
A linhagem “Sublime”era proveniente da Coudelaria de “Barbacena”, da qual João Francisco “das Melancias” tinha uma égua preta que muito estimava e dizia sempre ser filha do Sublime, cavalo de seu falecido pai. Esta égua foi mãe de Rio Branco.
Gregório era tordilho, crinas claras, descendente dos “Sublime” de Barbacena. Seus filhos eram elegantes, de pescoço comprido, pêlos muito finos e crinas transparentes. Entre seus descendentes, dois levaram o nome de Cisne, devido ao pescoço elegante.
Os “Telegrama”eram marchadores, não tão carnudos como os “Fortuna”, cabeça fina, crina e cauda com pouco cabelo macio, de garupa plana e grande velocidade, muito usados como cavalos de silhão .
Os “Joia”eram escorreitos, impecáveis na forma, pescoço altaneiro, olhos vivos, cabeça pequena, porém menos seca que os “Telegrama” e os “Gregório”, ágeis e velozes; mas como os “Fortuna”, eram rebeldes. Os “Joia” foram célebres cavalos de corrida e de caçada.
Os “Rosilho” tinham a mesma origem e tipo dos “Telegrama”, porque seus criadores eram irmãos e vizinhos. De Rosilho (ou Abismo), descendem a maioria dos representantes da raça de marchadores e da raça Mangalarga.

ESQUEMA DAS ORIGENS DO CAVALO MANGALARGA

1) CAVALO DA PENÍNSULA IBERICA
+ CAVALO DOS MOUROS E ÁRABES
=CAVALO DO CONQUISTADOR

2) CAVALO DO CONQUISTADOR, VINDO DO NORTE.
CAVALO DO CONQUISTADOR TOMÉ DE SOUZA
+CAVALO HOLANDÊS
=CAVALO DO SERTÃO DO SÃO FRANCISCO (NORDESTE)

3) CAVALO D CONQUISTADOR, VINDO DO SUL.
CAVALO DE MARTIN AFONSO DE SOUZA (PIRATININGANO)
+CAVALO DE ÁLVAR NÚÑES CABEZA DE VACA
+CAVALO DE PEDRO DE MENDOZA
= CAVALO DOS TROPEIROS (CAVALO SULINO)

4)CAVALO DE MINAS GERAIS =
CAVALO DO SERTÃO DO SÃO FRANCISCO (NORDESTE)
+ CAVALO DOS TROPEIROS (CAVALO SULINO)
=CAVALO DE MINAS GERAIS (BASES DO CAVALO DO JUNQUEIRA)

5) CAVALO DA CORTE E DA ABERTURA DOS PORTOS
= CAVALO ALTER
+ CAVALO DA CIDADE DO CABO
(CAVALO INGLÊS DE CORRIDAS + CAVALO HOLANDÊS)

6) CAVALO DO BRASIL NA ÉPOCA DE D. JOÃO (RIO E MINAS GERAIS)
= CAVALO DE MINAS GERAIS+ CAVALO ALTER+ CAVALO DA CIDADE DO CABO

7) CAVALOS DA COUDELARIA REAL DA CACHOEIRA DO CAMPO:
=REPRODUTORES DE VÁRIAS ORIGENS (PORTUGUÊS, FRANCÊS, ÁRABE ALEMÃO,O CAVALO DO JUNQUEIRA E O CAVALO DO CABO DA BOA ESPERANÇA)

8) CAVALO MANGALARGA
=
CAVALO DO JUNQUEIRA + CAVALO DO BRASIL NA ÉPOCA DE D. JOÃO +
VÁRIOS REPRODUTORES ESTRANGEIROS ORIGINÁRIOS DA COUDELARIA REAL DA CACHOEIRA DO CAMPO.




CAPELA DO FAVACHO
Adélia D. Junqueira Bastos , José Mário Junqueira de Azevedo , GeraldoD. J. Filho e
Maria Sylvia A.B.D.J.
FAZENDA FAVACHO
PRÓXIMO

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