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quarta-feira, 6 de agosto de 2008

PRÉ-HISTÓRIA


PEGASUS
Companheiro inseparável do Homem, o cavalo teve sua origem nas Américas. Ali se encontram todos os elos da cadeia evolutiva que vai desde o Eohippus (Cavalo da Aurora), com existência verificada há cerca de 250 milhões de anos, até o Equus Caballus, cujo desaparecimento nas Américas verificou-se ao término da 4ª. Era Glacial, há aproximadamente 150.000 anos. Como não há registros a nível de conhecimento definitivo, supõe-se que seu desaparecimento ocorreu face a cataclismas, mudanças climáticas que determinaram a diminuição ou mesmo a eliminação de alimentos, doenças parasitárias, endêmicas e outras que ocasionaram sua migração para outras regiões, vindo a reaparecer no extremo leste da Ásia, agora sem os elos da cadeia evolutiva que o antecederam.
Este aparecimento do gênero Equus sem seus antecedentes na Ásia parece justificar-se pela ligação por terra existente, na ocasião, entre o noroeste da América (Alaska) e o sudeste da Ásia (Sibéria), antes da separação destes continentes, com o surgimento  do Estreito de Behring.Esta ligação permitiu a passagem de um lado para o outro lado destes continentes. O fato é que a partir daí começaram a definir-se os diversos tipos de cavalos que vão compor as populações e raças atuais. Deste local, a leste da Ásia, deslocaram-se juntamente com os povos ali localizados, em dois movimentos: um de leste a oeste, povoando toda a Europa; e outro rumo ao sul através da Mesopotâmia, ocupando em pinça os dois lados do Mediterrâneo; isto é, o Sul da Europa até a Península Ibérica e Ilhas Britânicas, e o norte da África.
Na Europa, onde foi encontrada a maior quantidade de fósseis, nas grutas de Altamira (Espanha) e Solutré (França), divisamos o cavalo como protagonista da História da humanidade nas artes da guerra e paz, empregado tanto nas lutas e conquistas, quanto nos esportes através da corrida e equitação, paixão desde os gregos e romanos, nos tempos mais remotos. Diz a história que Calígula, o Imperador Louco, chegou a nomear senador o seu cavalo Incitatus e mandou construir para ele uma cocheira de mármore e prata.
Antes disso, na pré-história, encontramos informações sobre esta incrível figura através dos desenhos nas paredes das grutas e outras, nas civilizações dos arianos na Índia, dos chineses e japoneses no extremo oriente,dos assírios e hititas no Mediterrâneo.
O fato é que vamos encontrar dois tipos de cavalos: o ocidental no norte da Europa, mais pesado, mais forte, com olhos pequenos e pelagem mais escura, acostumado ao clima úmido das florestas, denominado Equus Robustus; e o cavalo oriental acostumado a viver nos desertos, estepes e campinas, mais leves e rápidos, chamados Equus Agilis.
A Península Ibérica já com sua população cavalar autóctone, oriunda daquele primeiro deslocamento de povos e cavalos de leste a oeste, sofreu mais tarde invasão dos celtas com seus cavalos cerca de 3.000 anos a.C., gerando o tipo ibero-céltico.

A partir do ano 712 d.C., com a invasão dos mouros e seus cavalos árabes e berberes na Península, aquele cavalo melhorado durante séculos sofreu a infusão deste generoso sangue oriental, cuja seleção sempre foi orientada pelo homem no sentido de resistir às condições climáticas difíceis, necessitando portanto de resistência e frugalidade, além da habilidade e velocidade para seus deslocamentos indispensáveis na paz e na guerra.
Era esse o cavalo existente na Península Ibérica na época dos descobrimentos e ele foi trazido pelos colonizadores durante o povoamento das Américas.
Na segunda viagem de Colombo, em 1493, há ordem expressa de Fernando e Isabel, reis de Espanha, para trazerem cavalos; o que foi feito para São Domingos. Houve reclamação pela qualidade dos cavalos (estado) por serem velhos e machucados, mas não pelo tipo racial. Assim, o cavalo chegou às Américas com os conquistadores espanhóis e a partir daí as principais conquistas espanholas nas Américas, Flórida, México, América Central, Peru e Chile, foram feitas com os cavalos criados nas Antilhas. Capitaneados por Fernando Cortez, enveredaram pelas gargantas e pelos desertos do México, provocando extraordinária manifestação de respeito nos indígenas que, por nunca terem visto antes um cavalo, acreditavam ser espanhóis e suas montarias uma coisa só, comparados a gigantescos centauros.


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